Entenda um pouco mais sobre os principais aspectos do comportamento humano que devem ser considerados na gestão da mudança nas empresas
É necessário ter bem definido os marcos do processo de mudança e como ele será realizado para garantir que o objetivo será alcançado ao final do projeto
Mudar um sistema, por exemplo, poderá ser vantajoso para que a organização integre seus processos de uma forma mais eficiente, mas como esse novo sistema irá melhorar a rotina do colaborador?
O início de ano dentro das empresas muitas vezes é marcado pelo o kickoff de diversos processos de mudança. Seja a implementação de um sistema novo, adesão a novos formatos de modelo de trabalho, alterações no time, dentre tantas outras mudanças pelas quais as organizações passam constantemente, este é um desafio comum frente aos novos ciclos e metas que são definidos a partir da estratégia da empresa para aquele ano.
Além de trabalhar a visão da empresa para definir qual o próximo passo, o processo de planejamento é essencial para a gestão da mudança. Precisamos ter bem definidos os marcos deste processo e como ele será realizado para garantir que o objetivo será alcançado ao final do projeto. Também é essencial para que a organização possa dar suporte para os seus colaboradores, afinal, mudar nunca é fácil para nosso cérebro. Este processo, por mais simples que possa ser a mudança, comumente gera uma resistência e já falamos sobre alguns dos motivos que tornam esse processo tão difícil aqui no nosso blog.
O planejamento de uma mudança deve também considerar o fator humano, ou seja, como facilitar esse processo para os colaboradores. Dentro desse objetivo, compreender alguns processos básicos do comportamento humano serão importantes para que a organização seja capaz de criar um plano de ação eficiente para apoiar o seu processo de mudança. Vou te contar um pouco sobre os principais aspectos do comportamento humano que deveriam ser considerados na gestão da mudança:
Hábitos:
Uma grande parte do nosso comportamento no dia a dia, incluindo no ambiente de trabalho, são automáticos e são feitos de forma inconsciente. Esses comportamentos se repetem estimulados por aspectos no ambiente e formam o que chamamos de hábito. O hábito é um processo adaptativo do nosso cérebro que, com o objetivo de economizar energia, compreende certos padrões da nossa rotina e o comportamento que está relacionado a este padrão. Quando falamos de implementar mudanças, estamos falando de mudanças desses comportamentos automáticos. Ao mudar um processo ou uma ferramenta, por exemplo, também haverá uma mudança na forma com as pessoas realizam certas tarefas rotineiras que já haviam virado um hábito. Por isso, acrescentar etapas ou mudar a forma como alguma tarefa é feita, irá exigir muito dos colaboradores. Para o planejamento, será essencial mapear quais são esses hábitos e criar estratégias para ajudar neste processo.
Motivação:
Ao pensar em uma mudança organizacional, comumente temos muito claro qual será o benefício dessa mudança para a empresa. No entanto, para que os colaboradores estejam engajados e para favorecer a mudança dos hábitos, é necessário que também esteja claro qual será o benefício das pessoas diante dessa mudança. Mudar um sistema, por exemplo, poderá ser vantajoso para que a organização integre seus processos de uma forma mais eficiente, mas como esse novo sistema irá melhorar a rotina do colaborador? Este elemento benéfico para o indivíduo será um importante motivador positivo. Estímulos positivos irão ativar a motivação apetitiva, que nos leva a ter comportamentos que nos direcionam para um objetivo, neste caso, a mudança. Então, não deixe de investigar qual seria o motivador dos seus colaboradores para engajá-los no processo.
Estresse:
Quando estamos diante de uma mudança, sentimentos como ansiedade e medo são comuns, visto que desconhecemos como será nossa rotina após essa mudança. Esses sentimentos geram uma resposta de estresse, que irá trazer impactos no nosso bem-estar, performance, tomada de decisão e na nossa flexibilidade e abertura às novas ideias. Portanto, durante processos de mudança também é preciso investir em estratégias que irão mitigar os efeitos do estresse e as organizações devem pensar para além do oferecimento de ações de relaxamento. O controle mais eficiente do estresse ocorre quando são realizadas ações específicas para o elemento que origina essa resposta. No caso do processo de mudança organizacional, a imprevisibilidade do que vem a seguir é um fator comum capaz de gerar estresse nos indivíduos. Como forma de regular o estresse, a organização pode orientar a liderança a compartilhar a visão da organização constantemente para os colaboradores durante o processo. Incentive os líderes a planejarem conversas constantes com suas equipes para sanar dúvidas e passarem o que se espera do futuro após a implementação da mudança, contribuindo para uma maior percepção de segurança.
Se você está estruturando uma mudança na sua empresa, inclua no seu planejamento a compreensão dos aspectos comportamentais que podem impactar neste processo. Para descobrir essas questões, será essencial ouvir os colaboradores e investigar sua rotina de trabalho, compreendendo quais são os hábitos que devem ser alterados, qual a principal motivação e fontes de estresse deste processo. Com essas informações, você será capaz de criar um plano de ação mais assertivo para mobilizar os colaboradores rumo à mudança.
Quer saber mais sobre como a Nemesis pode te ajudar a compreender e colocar em ação os conhecimentos a respeito do comportamento humano diante de uma mudança organizacional? Entre em contato com a gente!
Um abraço e até o próximo post 😉