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Thaís Gameiro

Como o estresse prejudica nossa performance no trabalho?

Confira agora cinco principais impactos negativos do estresse em nossa performance no trabalho, segundo estudos em Neurociência

Um homem estressado e pressionado no ambiente de trabalho
As pessoas se acostumam a conviver com o estresse, inimigo silencioso, que pouco a pouco vai reduzindo a performance e deixando as atividades e o clima no ambiente de trabalho pesarosos.

O estresse impacta diretamente áreas e funções cerebrais que são essenciais para nosso desempenho no trabalho. A pergunta que fica é o quão mais produtivos e satisfeitos ficaríamos se estivéssemos lidando com níveis adequados de estresse?

O estresse no ambiente de trabalho é uma preocupação global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse relacionado ao trabalho afeta aproximadamente 22% dos trabalhadores em todo o mundo. De maneira geral, encontramos muitos estudos que ressaltam a preocupação dos altos níveis de estresse no ambiente de trabalho como fator principal de vulnerabilidade para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, que desde 2022 passou a ser reconhecida pela OMS como “doença causada pelo estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. No artigo de hoje eu gostaria de te convidar a refletir sobre como o estresse pode estar afetando negativamente nossa performance no trabalho, trazendo alguns sintomas corriqueiros, que muitas vezes antecedem a tão temida Síndrome de Burnout.


O estresse pode ser entendido como uma resposta natural e saudável do nosso organismo frente a situações ou estímulos considerados perigosos, ameaçadores e desafiadores. Tal resposta permite que sejamos capazes de lidar adequadamente com as diversas circunstâncias apresentadas em nossa rotina e, graças a ela, sobrevivemos. Engana-se quem entende a resposta ao estresse apenas como algo negativo. Do ponto de vista fisiológico, esta resposta é essencial para atendermos de maneira satisfatória as demandas internas e externas do organismo. No entanto, quando a resposta ao estresse se torna crônica, muito frequente e/ou exagerada, ela pode causar danos significativos à nossa saúde e bem-estar.


Há diversas evidências científicas que apoiam a visão de que o estresse traz mais malefícios a nossa performance do que benefícios. Isso porque os mecanismos fisiológicos da resposta ao estresse acabam por impactar negativamente o funcionamento de estruturas cerebrais muito importantes para nosso desempenho no trabalho. Quando estamos estressados acabamos produzindo em maior quantidade um hormônio chamado Cortisol. O cortisol tem diversas funções em nosso corpo e está longe de ser um vilão. Tal hormônio é importante para o funcionamento adequado do nosso metabolismo, ciclo de sono e vigília, funcionamento hepático, cardiovascular e respiratório, de maneira que o cortisol é essencial para nossa saúde e sobrevivência. No entanto, quando produzido em excesso, o cortisol acaba por afetar negativamente algumas funções cerebrais importantes, que resultam numa queda em nossa capacidade produtiva.


Leia agora cinco principais impactos negativos do estresse em nossa performance no trabalho, segundo estudos em Neurociência:


1. Prejudica nossa capacidade de Concentração e nossa Atenção: As preocupações e estímulos estressores acabam sendo processados de maneira privilegiada no cérebro, utilizando recursos que poderiam ser empregados para a solução de tarefas e entregas do trabalho. Em outras palavras, um cérebro estressado acaba ficando mais suscetível a distrações, erros, falta de foco e dificuldade de processar informações de maneira eficiente.


2. Causa prejuízos na Memória e no Aprendizado: Estudos indicam que altos níveis de estresse prejudicam a formação de novas memórias (essencial para o aprendizado) e a recuperação de informações armazenadas. É comum que um dos sintomas de estresse seja a dificuldade frequente de lembrar de eventos recentes, fatos importantes ou detalhes específicos. Isso ocorre pois o cortisol em excesso acaba por prejudicar os neurônios de uma área importante do cérebro envolvida no processo de memorização, o Hipocampo.


3. Dificulta a Tomada de Decisão: Sob os efeitos do estresse nossas decisões acabam se tornando mais impulsivas e emocionais, visto que o córtex pré-frontal, área responsável por processos relacionados ao autocontrole e pensamento racional, também sofre com as influências do Cortisol. Nesse contexto, sentimos mais dificuldade de pesar prós e contras, de ver as situações de forma objetiva, o que pode levar a decisões precipitadas e menos assertivas.


4. Reduz a nossa Flexibilidade Cognitiva: A flexibilidade cognitiva refere-se à capacidade de adaptar o pensamento e mudar de estratégia quando necessário. O estresse pode levar a um pensamento rígido e inflexível, tornando difícil para a pessoa ajustar-se a novas circunstâncias, lidar com mudanças ou encontrar soluções criativas para problemas.


5. Prejudica nossa capacidade de comunicação e empatia, afetando os relacionamentos interpessoais: Um indivíduo estressado tende a focar nas suas próprias necessidades, como parte de uma resposta defensiva natural. Sendo assim, torna-se mais difícil ter empatia, entender o ponto de vista dos outros e colaborar. A redução na empatia, por sua vez, prejudica a comunicação trazendo ainda mais estresse para o ambiente de trabalho.

Acredito que você já deve ter experimentado um ou mais efeitos negativos do estresse na sua rotina. Esses impactos são frequentes e muitas vezes fazem parte do dia a dia das pessoas, que se acostumam a conviver com esse inimigo silencioso, que pouco a pouco vai reduzindo a performance e deixando as atividades e o clima no ambiente de trabalho pesarosos. Como demonstrado, o estresse impacta diretamente áreas e funções cerebrais que são essenciais para nosso desempenho no trabalho. A pergunta que fica é o quão mais produtivos e satisfeitos ficaríamos se estivéssemos lidando com níveis adequados de estresse?


Aqui na Nemesis convidamos sempre nossos clientes e parceiros a tratarem os malefícios do estresse de forma preventiva. Ao detectarmos esses sinais em nossa equipe ou em nós mesmos, é preciso buscar soluções efetivas, compreender a origem do estresse mal administrado e criar ações específicas que contribuam para reduzir seus efeitos. Monitorar o estado emocional das equipes, preparar as lideranças e conversar abertamente a respeito dos impactos do estresse em nossa rotina é fundamental para uma postura proativa das empresas rumo à prevenção das complicações associadas à saúde mental dos colaboradores.


Conte conosco para criar um ambiente de trabalho mais saudável e de alta performance! Vamos conversar? Clique aqui para entrar em contato!


Um abraço e até a próxima 😉




Nêmesis Neurociência Organizacional

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