Existem muitas formas de fazer um team building corporativo, mas poucas são desenhadas a partir de princípios da Neurociência Organizacional aplicada. Conheça aqui uma delas.
Ruídos na comunicação, competição interna elevada, queda de engajamento, aumento de episódios conflitivos, falta de iniciativa, de autonomia e de visão de área, são só alguns dos possíveis sintomas que começam a aparecer quando uma equipe está precisando de integração.
Como um analgésico para essas conhecidas dores corporativas, as empresas já recorrem há anos às práticas de “team building” – normalmente um ou mais encontros, envolvendo dinâmicas variadas, mas sempre com foco em melhorar as relações sociais de um grupo.
É claro que com definição e objetivos tão amplos, a prática do team building pode ser realizada de formas muito diferentes entre si. Nesse artigo, vou te mostrar um pouco do jeito Nemesis de promover integração entre profissionais, utilizando como base princípios da neurociência organizacional aplicada.
INTEGRAÇÃO AMPLA X INTEGRAÇÃO DIRECIONADA
Um raciocínio muito comum entre líderes de equipe e gestores de RH ao promoverem encontros de integração, é o de que as pessoas devem relaxar e se divertir um pouco, mais ou menos como uma “recompensa” em meio a tantos desafios e tensões de trabalho ao longo do ano.
Happy hour, jantares e passeios só com a equipe são alguns exemplos de iniciativas que se conectam com essa concepção de team building.
“Relaxar e se divertir um pouco” são de fato elementos que podem ajudar muito em uma integração, mas infelizmente não bastam para resolver as dores que mencionei no início desse artigo.
Para isso, é necessário um elemento chave, que é a conexão do que está sendo feito no encontro de integração, com os desafios da rotina de trabalho que as pessoas ali presentes experimentam juntas.
Sendo assim, temos duas formas diferentes de promover um team building:
1. A da Integração Ampla, que é quando focamos em “aliviar as tensões” através de um momento de prazer e relaxamento;
2. e a da Integração Direcionada, que é quando integramos o grupo através de uma atividade direcionada aos seus desafios profissionais enquanto equipe.
Em outras palavras, na Integração Direcionada, não basta integrar as pessoas. É preciso fazer isso tendo suas atividades e desafios profissionais como o fio condutor desse processo.
Portanto, comece mapeando os pontos que quer trabalhar com a equipe, para que você gestor(a) saiba que tipos de experiência, como dinâmicas, trabalhos colaborativos e rodas de conversa, deverão ser promovidas no encontro.
Amarrando-as do jeito certo, essas experiências darão conta de sensibilizar o grupo em relação à mensagem que você está tentando passar.
Mas para isso é importante que essa mensagem toque as pessoas emocionalmente, e não somente pelo pensamento racional. E é nessa hora que a neurociência começa a nos ajudar.
SISTEMA DEFENSIVO X SISTEMA APETITIVO
Ok, pontos a serem trabalhados definidos e dinâmicas selecionadas. A equipe já foi convidada e todos estão em uma sala para que o encontro de integração comece.
Do ponto de vista neurocientífico, tudo o que se faz em um encontro como esse provoca estímulos em seus participantes. Dependendo de como esses estímulos são realizados, as pessoas ativarão 1 de 2 possíveis sistemas de resposta:
1. O primeiro é o Sistema Defensivo, caracterizado por uma sensação inconsciente de alerta a um perigo iminente, ainda que sutil. Nesse cenário, as pessoas gastarão suas energias alimentando “ideias de afastamento”.
Por exemplo, elas podem ser formais e auspiciosas, achando que o que será dito ali poderá ser usado contra elas em outro momento. Ou elas podem estar resistentes, achando que a atividade será “mais do mesmo”, enfadonha e ineficiente. Elas podem também ficar céticas e apáticas, desconfiando de uma integração que não condiz com as sensações experimentadas em relação aos colegas e clientes ao longo do ano. Ou mesmo poderão falsear engajamento com um comportamento protocolar.
O resultado comportamental do sistema defensivo ativado na maior parte do grupo pode ser resumido a um “afastamento” emocional ou até mesmo físico entre pessoas.
2. Mas os participantes também podem ativar o Sistema Apetitivo, caracterizado por uma sensação de segurança em relação aos outros e ao ambiente. Nesse cenário, ativa-se o comportamento “pró-social”, no qual as pessoas ficam mais abertas a construir e se relacionar.
Para que isso aconteça, é necessário que o desenho do encontro ofereça sensibilidade às suas dores, desejos e desafios. Assim, dinâmicas que emulam situações da rotina de trabalho em equipe podem ser executadas com verdadeiro potencial de integração, pois o grupo revisita seus desafios comuns a partir de uma sensação de horizontalidade e pertencimento.
Sendo assim, para favorecer o estímulo do Sistema Apetitivo, crie um ambiente diferente do status quo da empresa.
Ou seja, diminua a sensação de hierarquia entre as pessoas, faça acordos que garantam segurança para que se expressarem livremente, sem medo de retaliações, e estimule o grupo a compartilhar seus pensamentos e sentimentos relacionados às conversas e dinâmicas propostas, deixando claro que não há certo ou errado, apenas perspectivas.
EFEITO PRÓ-SOCIAL
Em outras palavras, as pessoas devem protagonizar o encontro, uma vez que serão elas as responsáveis por promover as mudanças esperadas. Para que isso aconteça, elas precisam estar abertas e confortáveis.
Quando uma seção de team building consegue promover esse tipo de dinâmica no ambiente, através da qual a sensação de segurança se eleva e as pessoas se comunicam de forma mais aberta e construtiva, o que se pode observar é uma espécie de “clima”.
A esse “clima” demos o nome de Efeito Pró-Social e desenvolvemos um jeito próprio de chegar até ele.
Nossos encontros são desenhados a partir do cruzamento entre 3 elementos:
1. princípios da Neurociência;
2. práticas Integradoras de aprendizagem;
3. e uma leitura prévia do contexto da equipe que passará pelo processo, cocriada com quem solicita o projeto.
Assim, é possível selecionar atividades que façam sentido para o grupo e relacioná-las aos desafios específicos da equipe. Quando isso acontece, o próprio grupo desloca o encontro de um “lugar comum” para uma vivência mais significativa.
Basicamente, quando as pessoas estão “mais abertas” do ponto de vista emocional, grandes oportunidades de integração aparecem.
“eu pensei que faríamos um exercício comum, mas na realidade os exercícios foram muito bons, porque se relacionavam com a realidade da Labware. Na minha carreira, fiz exercícios desse tipo que não me ajudaram, mas o da Nemesis foi muito bom” Luiz Rey – Sales Resource na Labware
“normalmente as práticas que já fiz em outras empresas apresentavam uma ideia positiva, mostravam os tópicos e pronto. Mas na Nemesis tivemos que entender a importância do tema e de forma muito dinâmica. Fizemos exercícios muito divertidos que, ao mesmo tempo, nos faziam entender a importância do tema trabalhado” Fernanda, Junior Consultant na Labware
Nesse cenário, utilizando as provocações certas, o próprio grupo encontrará caminhos para significar seu trabalho conjunto.
“com as diferentes dinâmicas trazidas ao workshop, pudemos visualizar as mesmas dinâmicas que acontecem em uma equipe” “o que achei mais importante foi perceber que com o ritmo de vida atual é muito importante pararmos para pensar como queremos ajudar os outros, como queremos exercer nossa liderança e também para olhar nossos companheiros, dando a eles o tempo que precisam para executar suas tarefas” Verônica, Technical Sales Resource na Labware)
“É maravilhoso poder contar com todos esses tipos de conhecimento que normalmente não percebemos ou não paramos para pensar sobre como aterrizá-los, pensando no que se está fazendo” Oscar, Services Consultant na Labware
E, ao mesmo tempo, as pessoas produzirão e absorverão elementos capazes de conectar sua evolução profissional ao seu desenvolvimento pessoal.
“Foi mais que um workshop, foi uma bela experiência de vida. Um momento de reflexão, de aprendizagem que saiu do normal de qualquer treinamento. Foi muito bom e muito recomendável sobretudo.” Pedro Layton, Pre-sales leader na Labware
“Isso vai começar a nutrir novas expectativas em relação a onde estou, à equipe, à forma de me relacionar com os clientes, a minha vida e me ajudará a tomar decisões seguramente mais interessantes, uma vez que estarei pronto para escutar mais e captar os sentimentos das pessoas “ Oscar, Services Consultant na Labware
A DINÂMICA DA REMADA
Uma figura metafórica que utilizamos para ajudar a selecionar dinâmicas para um encontro dessa natureza é a de uma remada. Ora o grupo deve praticar uma atividade, ora deve refletir sobre ela.
Ou seja, não promova apenas dinâmicas que deixem as pessoas soltas em processos lúdicos desconectados das conversas, e não promova apenas conversas que deixem as pessoas “mentais”, hiper reflexivas e desconectadas umas das outras.
Como em uma remada, quando as duas coisas se alternam no ritmo certo a equipe avança rumo aos objetivos de sua jornada, ao invés de ficar dando voltas ao redor do próprio eixo.
Se esse jeito de pensar as práticas de team building também faz sentido para você, que tal experimentar remar com a Nemesis esse ano?
Somos especialistas em aplicar princípios da neurociência em projetos como esse (e também em diversas outras soluções no campo da gestão). Será um prazer te ajudar a promover um encontro de integração memorável para sua equipe!